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Quem se forma em Direito só pode ser advogado?

12/7/2024
Quem se forma em Direito só pode ser advogado?

Quem se forma em Direito só pode ser advogado?

“Me formei em Direito, e agora?”

Quem finaliza o curso de graduação em Direito precisa necessariamente se tornar advogado? O constructo generalista a respeito da carreira jurídica traz consigo uma mensagem implícita de que quem se forma em Direito deve obrigatoriamente advogar – contudo, será que há outras alternativas concretas, rentáveis e bem-sucedidas além dos escritórios?

Afinal de contas, a garantia de empregabilidade em firmas de advocacia não é o único destino de quem se empenhou por no mínimo meia década para se formar. Há luz no fim do túnel além da OAB. O mercado de trabalho jurídico sinaliza vastas oportunidades em inúmeros campos de trabalho e opções de carreira como descreveremos abaixo.

Qual a diferença entre bacharel em Direito e advogado?

Bacharel é todo concluinte do curso de graduação em Direito. Já para advogar no país, é obrigatório ser aprovado no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A organização foi instituída por meio do Decreto nº 19.408/30, após a Revolução de 1930. Sua principal função é regulamentar a classe da advocacia e autorizar bacharéis devidamente aprovados no Exame da Ordem a advogarem.

É possível que o formado na área jurídica dê aula em cursinho?

Sim, é viável e recomendável que alguém graduado em Direito se habilite a dar aulas em cursinhos preparatórios para concursos públicos em todo o território nacional e também em cursos técnicos, dada a extensa matriz curricular de Direito que constantemente estampa os editais dos certames – em especial, Direito Administrativo.

Quais cargos um bacharel em Direito pode exercer no mercado de trabalho?

Para preencher uma vaga no concorrido mercado de trabalho jurídico, os recém-formados em Direito podem selecionar uma opção dentre variadas concorrências, sendo elas:

Magistratura: ao se tornar juiz ou juíza, a pessoa começa a trabalhar resolvendo conflitos e aplicando a legislação em processos judiciais.

Membro do Ministério Público (MP): operar como promotor de Justiça, defendendo a ordem jurídica, os interesses sociais e individuais indisponíveis.

Defensoria pública: trabalhar como defensor público, prestando assistência jurídica gratuitamente àqueles que não dispõem de recursos para as despesas processuais ou penais.

Consultoria jurídica: prestar consultoria para assessorar estatais, empresas e outras organizações que se interessem em tirar dúvidas a respeito de questões legais.

Advocacia pública: operar em órgãos públicos como procurador, fazendo a representação oficial do Estado em processos na corte.

Quais áreas dão oportunidade de trabalho no ramo jurídico?

Direito Empresarial: o nome já torna a função implícita - é o ramo jurídico de empresas e companhias de incontáveis setores. Lida diariamente com burocracias como contratos, resoluções trabalhistas e societárias, por exemplo.

Direito Tributário: uma verdadeira imersão para ferramentas fiscais e tributárias para operar como analista ou consultor específico.

Direito Ambiental: a aplicação, fiscalização e atualização na esfera legal concernente à preservação do meio ambiente alcança empresas e organizações públicas ou particulares. proteção sustentável e aplicação de programas panorâmicos área ambiental, lidando com questões relacionadas à preservação do meio ambiente e legislação ambiental.

Direito Penal: imergir na acusação ou na defesa de supostos criminosos em Direito Penal ou em escritórios associados à causa criminal.

Consultoria jurídica: Trabalham em empresas, ONGs e instituições públicas.

Academia: pesquisa e ensino em faculdades e universidades.

Notariado e registral: trabalho em cartórios de notas e registros.

Enfim, o que mais posso ser além de advogado?

- Assistente jurídico

O assistente presta suporte a advogados ao levantar papelada, pesquisar atualizações legais, armazenar dados e/ou arquivos, dentre outras atividades administrativas que o capacitam para se organizar e preparar o necessário para adquirirem experiência prática no ramo.

- Conciliador

Tende a apartar situações de litígio ou arbitrariedade que causam hostilidade entre as partes envolvidas numa causa processual.

- Jurista

O jurista é especialista em teoria e filosofia do Direito e dispensa carteirinha da Ordem para trabalhar. Se concentra em consultoria legal e outros estudos.

- Correspondente jurídico

É papel do correspondente jurídico efetuar diligências e prestar serviços externos para acompanhar processos, entrevistas, agendamento de audiências e demais atos processuais.

Quais áreas somente um bacharel com carteirinha da OAB pode explorar?

A versatilidade exigida aos profissionais do Direito se confirma quando nos deparamos com a amplitude de serviços e funções cabíveis, em especial aos munidos com a carteira da Ordem. Eis abaixo mais alternativas funcionais aos postulantes a vagas jurídicas que detêm a carteirinha:

Magistratura: juízes incumbidos de analisar processos, absorver ou condenar réus e decidir o destino de milhões de pessoas em causas individuais ou coletivas nos tribunais.

Ministério Público: promotores que defendem os interesses da Nação na corte.

Defensoria Pública: defensores que prestam serviço aos desprovidos de recursos para apoiar suas causas ofertando assistência gratuita.

Delegado de polícia: descobrem origem e ocorrência de crimes, lideram investigações forenses, se responsabilizam por equipes extensas especializadas em atividades policiais.

Qual área do Direito é atualmente mais procurada?

As últimas pesquisas do Diretório Nacional da Advocacia apontam que Direito Trabalhista, em razão do crescente número de reclamações ajuizadas, é o principal ramo jurídico e inclusive o mais admirado dentre os especialistas – ainda de acordo com a fonte.

O preparo para o exame da Ordem

A assistente jurídica da Faculdade Republicana, Priscila Ribeiro de Almeida, formada em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO) em 2011, deu seu relato pessoal a respeito da carreira jurídica para ilustrar a possibilidade de se retomar o apreço pelo universo jurídico após anos de atividade em outros interesses. 13 anos depois de se formar, Priscila está estudando para passar no exame da OAB e foi por meio desse hiato exercendo outras vocações, como a fotografia, que percebeu que sua paixão de verdade é o Direito e que está decidida a investir na profissão. “Gosto de muitas áreas, mas escolhi a jurídica inicialmente pelo meu pai. Como tinha outros talentos, quando me formei me permiti a estudar e treinar outras atividades, mas descobri que não tem jeito, eu realmente amo o Direito. Então estou estudando firme pra segunda etapa do exame do Ordem, pois é o que quero fazer pelo resto da vida”, revela.

Por Ellen Fernandes – Faculdade Republicana